Para os apaixonados pelas as músicas que expressam muito sentimento,
principalmente melancolia por um amor perdido, com certeza conhecem algumas do
Lupi, alcunha de Lupicínio Rodrigues, inventor do termo “dor-de-cotovelo”, dado
às pessoas que cravam seus cotovelos num balcão de bar, acompanhado de uma boa
birita, chorando pela perda da pessoa amada.
Hoje comemoramos o centenário do nascimento deste compositor,
que, constantemente abandonado pelas mulheres, buscou inspiração em sua própria
vida para compor suas canções, cujos protagonistas, a traição e o amor,
caminham lado a lado.
Nascido em Porto Alegre em 16 de setembro de 1914, o quarto
de um total de 21 irmãos, nunca saiu de sua cidade natal a não ser por alguns
meses para conhecer o cenário musical carioca,
Foi difícil mantê-lo na escola aos cinco anos de idade, pois
se distraía muito cantando, precisando abandonar os estudos para retornar dois
anos depois. Aos quatorze anos compôs sua primeira música “CARNAVAL”. De
maneira precoce, já nesta idade, foi um boêmio e não se separava por nada de
suas amigas: bebidas e serenatas. Foi proprietário de diversos bares e restaurantes
com música que ia abrindo e fechando para ter a satisfação de reunir os amigos.
Torcedor do Grêmio, compôs o hino do time do coração em 1953.
Ao morrer aos 60 anos, em 27 de agosto de 1974, foi sepultado
no Cemitério São Miguel e Almas em Porto Alegre, deixando cerca de uma centena e
meia de canções editadas. Possivelmente sua alma criativa e sofrida deve ter
composto outras centenas que foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de
quem as resgate.
Obrigada Lupi, pelo legado que nos deixou acalentando nossos
corações românticos e apaixonados. Descanse em paz...
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