segunda-feira, 4 de maio de 2020

QUAL É O MOMENTO?



Em que se deixa de ser criança?
Em que a adolescente passa a ser adulta?
Em que a mulher vira mãe?
Em que a mãe fica obsoleta?

Qual é o momento?

Em que a mulher se vê amada?
Em que amada torna-se companheira?
Em que a companheira é ignorada?
E não passa de uma pessoa estranha?

Qual é o momento?

Em que se passa de uma fase para outra?
Em que não se percebe as mudanças?
Em que deixamos a vida escorregar pelos dedos?
Onde se escondeu a magia de todos os momentos?

Bocas caladas igual a coração vazio
Quando não se tem mais nada a dizer
Encerra-se um ciclo
Só nos cabe resgatar

A vida é efêmera para tanta bobagem
Os dias passam correndo e não se aproveita o agora
O agora é o hoje
Em um minuto passa a ser ontem

Não perca tempo!
Reveja os conceitos
Reavalie as atitudes
Reconquiste o que perdeu!

foto: coletada da internet (desconheço autoria)




terça-feira, 7 de abril de 2020

ROLINHAS

Fica em casa nos faz perceber pequenos detalhes. É bom quando percebemos os detalhes que alegram o coração.

Todos os anos, rolinhas vêm fazer ninhos nas vigas de sustentação do telhado da churrasqueira. Estava acompanhando um ninho. Sempre via duas rolinhas "passeando pelo quintal e julgava serem os pais dos filhotes. Hoje acordei cedo decidida a fotografá-los, que vi ontem já grandes. Qual foi minha surpresa! Encontrei o ninho vazio. Cresceram e alçaram voo, seguindo seus cursos da natureza. Pensei: Noutra oportunidade, fotografo. E fui para os meus afazeres.

Lá pelas tantas, fui para o quintal e vi novamente duas rolinhas "passeando". Ôpa!! Tem mais ninho por aqui! Peguei uma escada e fui procurar. Não é que achei! Estava lá! Com dois ovinhos!!



Agora é aguardar o tempo necessário para que eclodam e os pequenos filhotinhos nasçam.

foto: Acervo particular

sexta-feira, 27 de março de 2020

AMOREIRA


Hoje, logo cedo, enquanto tomava café da manhã, fiquei contemplando minha Amoreira que está toda cheia de folhas verdinhas e carregada de amoras. Olhando bem para ela e percebi passarinhos saboreando seus frutos com imensa alegria. Como é bom ver esse espetáculo silencioso da natureza, essa interação de dois seres vivos criados pelo nosso bom e perfeito Deus.

No ano em que me mudei para Sorocaba, havia uma campanha de arborização na cidade. Num belo dia de sol, passeando pelo Parque Campolim, me deparei com uma distribuição de mudas de diversas árvores. Peguei logo duas, uma de Ypê amarelo e uma de Amoreira. Chegando em casa, as plantei uma em cada vaso e lá ficaram por pelo menos seis anos. Minha Amoreira cresceu, assim como o Ypê, e deu frutos bem docinhos que me deixavam muito feliz.

Ao me mudar para Vinhedo, as duas árvores foram plantadas no quintal da casa de minha irmã. O Ypê não resistiu ao singular e exótico paladar de Nico (o cão fiel e atrapalhado, mas mega amoroso de minha irmã), que "podava" constantemente as ainda pequenas árvores, mesmo ralhando com ele. A Amoreira quase teve o mesmo fim, mas conseguiu resistir às investidas de Nico e hoje é uma árvore que faz sombra para que ele e Bóris (meu querido e companheiro cão rabugento) permaneçam juntos nos dias mais quentes, lado a lado, deitados ao pé da linda Amoreira, desfrutando de momentos sonolentos e relaxantes.

Olhando minha Amoreira, não tive dúvidas. Peguei um pote e fui até ela e comecei a colher amoras. Enchi um, dois e, surpresa, tive que pegar um terceiro pote. Não imaginava que fosse colher tantas. Elas estão roxinhas e docinhas. Uma delícia. A quantidade não era muita para se fazer uma geleia, mas ainda ficaram algumas na árvore para amadurecer. Vou esperar mais uns dois ou três dias para ver se consigo colher mais e fazer um tiquinho de geleia.

Ah, ainda deixei amoras para os passarinhos comerem também, assim tenho a grata felicidade de ouvir seus cantos alegres enquanto se achegam para suas refeições.

foto: acervo particular