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sábado, 5 de janeiro de 2019

É SÓ UMA QUESTÃO DE COR



Antes de falar de cor, vamos falar de mínimo. Sim, Salário Mínimo. Fazendo uma análise muito simplista, mas simplista mesmo, o Salário Mínimo tinha uma previsão para ser de R$ 1.006,00 para o ano de 2019, porém foi fixado em R$ 998,00. Choveu críticas ao novo presidente, claro. Os catedráticos de plantão não perderam tempo. Este texto não tem a pretensão de defender ninguém, mas de esclarecer, timidamente, alguns fatos que são importantes. O ajuste do Salário Mínimo segue uma regra, que inclusive foi assinada na época da então presidente Dilma Rousseff, que se leva em consideração o PIB de dois anos anteriores e a inflação do ano anterior (usando o índice INPC). O valor anunciado era apenas uma previsão de acordo com a expectativa da inflação. Como a inflação foi menor do que o esperado, o ajuste do Salário Mínimo ocorreu na mesma medida e esse orçamento foi aprovado no governo Michel Temer, apenas assinado pelo novo presidente. Nem foi comentado aqui sobre o quão prejudicial seria para nossa economia abalada, caso fosse aprovado apenas R$ 8,00 a mais.

Vamos às cores. Damares Alves, a nova Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, falou muito, mais que rosa e azul. Falou de preconceito, de respeito, de violência contra mulher, falou de abuso sexual, de pedofilia, falou também de irresponsabilidade midiática, de amor aos indígenas, de fortalecimento da família, de respeito à cultura dentro do caráter universal  dos Direitos Humanos, etc etc etc, mas o que foi veiculado foi a frase metafórica: "Menina veste rosa e menino veste azul". Aí é que temos que "desenhar".

Talvez não se saiba, mas a cor rosa só se estabeleceu como cor feminina na década de 1980, mas houve um caminho muito longo para isso.

Como as tinturas para os tecidos eram muito caras, durante muitos séculos, as crianças de qualquer gênero usavam roupas brancas até uns 6 anos de idade. Os tons pastéis (entre eles rosa e azul) só começaram a ser associados às crianças no século XX, um pouco antes da 1ª Guerra Mundial.

Fugindo um pouco das cores, abrindo-se um pequeno parêntese, para se falar em gênero, deve-se levar em consideração a ciência. Se pegarmos um exemplo de um fragmento de um osso encontrado há muitos séculos e fizermos um teste de DNA, poderemos constatar se aquele osso se trata de uma pessoa do sexo feminino ou masculino. Se a opção sexual dela é diferente, é irrelevante para a ciência, portanto, nascemos menino ou menina, isso é biológico, isso é irrefutável! A cor que irá usar será escolha de cada um, e não cabe ao Estado ou à escola o direcionamento, nem proporcionar ambiente para tal, pois, constitucionalmente, pertence aos pais cuidar e educar seus filhos, e o Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos e no Art. 12 inciso 4, diz que pertence aos pais a educação moral segundo as suas convicções. Então, esse papo de Ideologia de Gênero nas escolas, é papo furado e desnecessário. Escola tem que ensinar matemática, português, história, geografia, sociologia, filosofia, e já tá de bom tamanho.

Voltando às cores. Na época, porém, não havia uma distinção de gênero estabelecida às cores. Ou seja, Havia quem defendesse que a cor rosa era para os meninos e a azul para as meninas. A justificativa para isso era porque acreditavam que o rosa seria uma cor mais forte e decidida, já o azul, mais delicado e amável. Tudo uma questão de opinião, portanto, pura subjetividade.

Esse assunto gerou algumas polêmicas que fez com que, em 1927, a revista Time realizasse uma pesquisa e concluiu que as opiniões não eram unânimes, onde as lojas recomendavam tanto rosa para meninos e azul para meninas, como vice e versa ou rosa para ambos, sem distinções.

Após a 2ª guerra Mundial, uma época em que as jovens operárias trabalhavam com roupas pretas ou azuis, a esposa do presidente Dwight Eisenhower (1953-1961) Mamie, foi à festa de posse de seu marido com um exuberante vestido rosa, não satisfeita, passou a usar essa cor em muitos outros compromissos oficiais. Foi uma postura bastante vanguardista em época de pré-revolução sexual, e as operárias gostaram do contraste.

Foi então que no final da década de 1960 ouve uma espécie de "ruptura" nessa questão de vestuário tipicamente feminino e masculino por conta dos movimentos sociais e pacifistas e as vestimentas se tornaram unissex com roupas de gênero neutro permanecendo populares até meados da década de 1980 onde o rosa se impôs definitivamente na paleta de cores de produtos femininos para aquelas que apreciam essa cor em seus armários.

Como veem, cor é subjetivo. No decorrer dos anos mudam-se os costumes de uso, o que não se muda para alguns, são os valores morais e na verdade é o que realmente importa. Lê-se valor moral, aquele que respeita o pensamento do outro, ainda que discordante do seu, aquele que luta pelo mesmo objetivo, ainda que não concorde com sua opinião política, que saiba que o seu limite termina quando começa o do outro e que saiba ouvir com atenção e responder com amor.

Hoje a humanidade está desumana e armada. A palavra tem muito mais força e poder de destruição que qualquer indústria bélica. Se não pensamos como as pessoas que nos rodeiam pensam, somos considerados seus inimigos sem chances de expormos nossas ideias. Isso vale para qualquer lado.

O mundo está ficando muito chato. Ninguém mais conversa, só discute e por bobagem. No fundo no fundo, tudo acaba sendo apenas uma "questão de cor" e nada de profundidade.

foto: coletada da internet, desconheço autoria


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

MÃES

O papel de ser mãe não é fácil. Cada uma delas realiza suas atribuições maternais de diversas formas. Umas são mais práticas, outras mais amorosas, tem as mais duras e até aquelas que não exercem seus papeis. Em nenhum dos casos temos o direito de questionar ou de julgar a maneira pela qual cada uma delas age, mesmo porque não estamos em todas as situações e não vivemos cada um desses relacionamentos.

Lembro-me muito bem, antes de ter filhos, que sonhava com a possibilidade de fazer uma carreira e ser uma grande executiva. Ao engravidar, estava há algum tempo estagiando em uma companhia de transportes e pude reparar que meu coordenador possuía dois bips (naquela época não havia celulares). Aquele “brinquedinho” “bipava” à torto e à direito não dando sossego para que ele pudesse trabalhar com tranquilidade. Um dia meu chefe me confidenciou que teria que deixar o aparelho ligado durante o final de semana também. Fiquei pensando no inferno que seria a vida dessa pessoa e de sua família. Resolvi que não queria isso para mim.

Ao terminar a faculdade, grávida de 5 meses, estava no ápice da minha felicidade. Meu filho nasceu e surgiu uma oportunidade de trabalhar em uma multinacional, mas meu bebê tinha somente 20 dias de nascido e a empresa não poderia esperar. Naquela época, creches não eram confiáveis, minha mãe havia falecido e não percebi pré-disposição por parte da outra avó em cuidar do neto. Por outro lado, acreditava, e ainda acredito, que os filhos devem ser educados pela própria mãe. Desisti do emprego e decidi cuidar do meu filho, da família e da casa. Não me arrependi, faria tudo de novo.

Sabia que isso implicaria em muitas coisas. Em primeiro lugar a questão financeira ficaria mais apertada. Em segundo lugar, ficaria mais em casa e deixaria de ter contato mais estreito com o mundo fora da “bolha”. Mas a vantagem era muito grande. Estaria com meu filho, lambendo a cria e acompanhando o desenvolvimento daquele ser bem de pertinho.

Meu filho cresceu com todo cuidado que uma mãe zelosa pode oferecer, o tempo passou, e a possibilidade de encontrar um trabalho cujo custo benefício fosse favorável tornou-se muito difícil. Fiz um bico aqui e outro ali, até que voltei ao mercado de trabalho e engravidei novamente, e, pela segunda vez, tive que optar entre cuidar da família ou continuar trabalhando. Evidentemente escolhi a família.

De novo, meu segundo filho cresceu em formosura debaixo do meu zelo cuidado e amor e fiz um bico aqui e outro ali, mas para ingressar novamente em uma empresa ficou muito mais difícil não pela minha incapacidade laboral, coisa que não tenho, mas pela minha idade cronológica. Mais um vez me vi em casa cuidando da família, coisa, diga-se de passagem, que amo fazer.

O casamento não estava indo bem e o divórcio acabou sendo inevitável. Em nenhum momento coloquei filho contra pai e a todo momento defendi a moral da pessoa com quem me relacionei por quase 25 anos, não permitindo que ninguém falasse mal ou se referisse a ele de maneira chula, muito pelo contrário, fato é que até hoje, minha família o tem, junto com a família dele, como amigo e por eles tem muito apreço. Tentei me reerguer profissionalmente, porém não tive sucesso.

Não sei como dizer o que quero sem dar maiores detalhes, mas depois de anos de dedicação à família, sem direito à “indenização” por “quebra de contrato”, é duro perceber a acusação de negligente no trato com os filhos por pessoas que simplesmente não me conhecem e pior ainda, pela pessoa que me conhece e muito bem.

Saber dessas coisa me deixa entristecida, mas assim é a vida. Fica aqui um desabafo, pois eu consigo deitar minha cabeça no travesseiro e dormir com tranquilidade sabendo que em nenhum momento dessa vida prejudiquei emocionalmente ou moralmente alguém.

Existe uma passagem na bíblia cujo contexto nos dá uma advertência sobre não sermos soberbos em pensar que em quanto mais fortes pensamos ser, mais atentos devemos ficar para que não caiamos, pois “a soberba precede a ruína e a altivez do espírito precede a queda” (Provérbios 16.18). Lendo o capítulo de I Coríntios 10 desde o seu começo percebemos que os antepassados, muito embora tivessem usufruído das questões espirituais como batismo e rituais de louvor ao Criador, Deus não se alegrou deles, pois desobedeceram quando começaram a cobiçar coisas más, ao serem idólatras, queixosos e murmurantes até sentando no próprio rabo para apontar para o rabo alheio (“todos pecaram e carecem da glória de Deus” Romanos 3.23). 

Portanto:

“Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia” (I Coríntios 10.12)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

PASSADO, PRESENTE E FUTURO


Li certa ocasião a seguinte frase:
“Não deixe seu passado acabar com seu futuro”

O que é passado? O que é futuro?

Consideramos passado tudo aquilo que passou. Nossa infância, juventude, os bons momentos com os amigos, as reuniões de família, as datas festivas onde lá atrás reunimos pessoas queridas. Mas o passado não é feito somente de momentos felizes. Além das alegrias e comemorações de conquistas, temos também as adversidades que muitas vezes nos visitam sem pedir licença e causam um tsunami tal que parece que jamais conseguiremos nos levantar e reconstruir nossas vidas.

O que passou, passou. Os bons momentos as alegrias servem de consolo e as boas lembranças nos acalentam em momentos melancólicos e saudosistas, assim como os momentos ruins, muitas vezes causados pelas nossas atitudes, nos assombram e só nos resta pedir perdão e perdoar para podermos ter paz de espírito.

No futuro estão as incertezas, tudo aquilo que ainda vai acontecer. Fazemos planos, traçamos objetivos, mas tudo é incerto, não é uma questão matemática onde somamos 2 com 2 e sempre obtemos 4, isso não muda. Por mais que pensemos em todas as possibilidades o futuro é sempre uma questão de tentativa e erro. Não conseguimos prevê-lo. O futuro a Deus pertence. Não temos o poder da onisciência.

O que nos aguarda é sonho, expectativas, querer realizar, planejamento. Porém nem sempre tudo acontece como planejamos. Ajuste são necessários. Observação também. Muita vigilância.

Presente é o que vivemos hoje, e a única referência que temos é o passado. Viver o presente é uma tarefa muito difícil. Alguns se instalam no passado esquecendo-se que o hoje é uma dádiva. Revivem intensamente as alegrias e frustrações passadas que deixam de perceber o quão bom é ver o sol renascer todas as manhãs nos trazendo bênçãos infinitas. Ou planejam tanto, vivem tanto do que poderá fazer deixando de lado o que precisa ser feito hoje para conquistar o amanhã.

Diante disso, é melhor sempre pensar no presente, nas suas ações hoje, vigiando muito, pois depois de feitas, vira passado e com certeza comprometerão o futuro!

“Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades.”

Mateus 6.34
foto: coletada na internet (desconheço autoria)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O QUE PASSOU NÃO VOLTA MAIS...


Bom passar momentos com pessoas queridas e com as quais nos sentimos acolhidos. O ano de 2014 foi extremamente complicado. Comecei muito doente e terminei decepcionada.

Este final de ano passei com meus familiares e fazia muito tempo que isso não acontecia. Senti-me em casa, faltando somente a presença de nossos queridos pais e avós (já falecidos), sem falar do meu filho mais velho que estava viajando. Resignei-me e vivi o meu agora com a parte da família que estava presente.

A princípio fiquei muito triste pensando no que poderia ter sido. Um sentimento de frustração invadiu meu coração, pois algumas coisas do passado não estavam presentes. Mas o que passou, passou. Foram momentos bons e talvez momentos que poderiam ter sido vividos e que por algum motivo não aconteceram. Se as intercorrências não permitiram que acontecessem é porque não era para acontecer, e virou passado. Então para quê trazer o passado para o presente? O passado é uma mala muito pesada que carregamos e o esforço de mantê-la ao nosso lado é tamanho, que deixamos de viver o presente. Aí, este presente vira passado e lá no futuro aparecerá um sentimento irresistível de resgatar, mas o tempo passa e acabamos vivendo de lapsos sem conexão com o que está acontecendo agora. Então, passado é para se enterrar e ficar somente com a doce lembrança.

Não deixe que o passado assombre, vá em frente. Querer, por exemplo, reviver um grande amor da juventude, que ficou mal resolvido, é ilusão. Depois de anos as pessoas mudam, amadurecem, o que foi, não é mais. E se não foi, outras coisas muito boas aconteceram e pode-se perder por pura vaidade e teimosia. Reconheça e assuma seu erro, peça perdão. Antes que seu presente vire passado, VIVA-O!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

RELACIONAMENTOS


Li um comentário sobre dois projetos: um na Câmara dos Deputados e outro no Senado, tendo como tema a família. Um deles fala sobre o retorno do conceito de família como união entre homem e mulher e o outro, de autoria da Senadora Lídice da Mata, que muda toda a parte de direito da família do Código Civil. Transcrevo aqui o comentário:

“O primeiro é tido como conservador e retorna o conceito de família como união entre homem e mulher. Sinceramente, se aprovado, o STF vai passar como um tanque sobre ele. Pelo menos é o que se imagina. O segundo, se aprovado, por exemplo, dará à amante o status equiparado ao restante da família; terá direito à pensão alimentar e poderá requerer reparação de danos morais e materiais e, em última análise, participará do patrimônio da família. Por isso, casados e casadas, acautelai-vos. A antiga teúda e mateúda tornou-se algo mais antigo, os relacionamentos são menos formais, menos comprometidos, mas o Estado continua ingressando no íntimo das relações.”

O Estado hoje está cada vez mais acabando com conceitos fortes como base familiar e dilacerando as empresas públicas, esculhambando com o país em diversas áreas, sem falar que hoje em dia um relacionamento mantido há mais de 5 anos pode ser considerado união estável, então a pessoa casada que mantém um relacionamento extra conjugal estará incorrendo em crime de poligamia. 

Mas não quero aqui discutir política ou as formas da lei. Quero falar sobre relacionamentos, pois a mulher, mãe da família do homem a quem ele escolheu para viver a sua vida optando pelo casamento, cuida de tudo: dele, da casa, dos filhos (dela, dele, deles), não tem tempo para ela própria, suporta pacientemente todos os transtornos de um casamento por puro amor (isso é amar), pensa somente no bem estar de todos os componentes da família, constrói uma vida junto com seu esposo imaginando que há realmente um relacionamento honesto entre eles e quando ela menos espera, o sujeito recebe uma ação de uma mulher sem escrúpulos, em primeiro lugar porque aceitou manter um relacionamento com um homem sabendo que era casado e em segundo lugar, porque, na maioria dos casos, encontrou nele uma maneira de se dar bem.

Mas também há casos em que isso não acontece, onde os dois amantes são casados e resolvem viver um grande amor. Pura ilusão, pois relacionamentos assim não são reais, são contos de fada. As pessoas são de verdade: vivem, comem, se sujam, ficam desarrumadas e doentes; as princesas acabam acordando sem maquiagem e de mau humor e os príncipes encantados num cavalo branco, que só existem nos livros, chegam e o cavalo trata logo de sujar o tapete. Isso é realidade!! O dia a dia é bem diferente!

Quanto às amantes, ainda que não movam a tal ação pelo fato de também serem casadas, não passam de umas sem vergonhas e aventureiras, procurando e/ou aceitando se relacionar com pessoas comprometidas. Os homens que buscam um relacionamento extra conjugal, também podem ser colocados no “mesmo saco”. As famílias dessas pessoas não merecem essa facada pelas costas com essas ações inescrupulosas.

Sinceramente, não sei porque essas pessoas se casam. Se for para “pular a cerca”, que não se “encerquem”, continuem em suas "solteirices" e com suas vidas vazias. Agora, se optarem pelo casamento, que sejam fiéis, é o mínimo que se espera. As pessoas a quem escolheram para se casar não merecem que sejam traídas assim de maneira tão vil. Não tá bom?! Pede para sair, mas não ajam de maneira sórdida e egoísta.

Não sei como conseguem colocar suas cabeças nos travesseiro e dormir tranquilamente sabendo que podem magoar e acabar com uma ou mais famílias. Enfim, a cada um cabe arcar com as consequências de seus atos.

A vida cobrará!

foto: coletada da internet (desconheço autoria)

sábado, 29 de novembro de 2014

AVESSO DO AVESSO



Hoje, logo cedo, passei por uma situação desagradável que poderia ter sido evitada se não fosse minha ingenuidade. Inacreditável como essas coisas fazem desequilibrar aquilo que, com muito custo, tentamos cultivar diariamente para vivermos melhor: SERENIDADE. Detesto bate-boca, competições sem sentido e não tenho a pretensão de achar que sou a dona da verdade, mas tem gente que gosta desse tipo de coisa.

Ao voltar para casa, recebi a notícia de que um amigo querido, a quem aprendi a respeitar pela sua alegria, doçura e leveza no tratamento às pessoas, havia falecido. No auge dos seus 57 anos descansou e deixou muita saudade e, felizmente, boas lembranças.

A vida é efêmera, frágil, vulnerável. Para quê perder tempo com mesquinharias?

Decidi, há tempos, que não permitiria mais que coisas que me fazem mal ou pessoas que não me querem bem, fizessem parte do meu universo. Não por fugir do embate, mas por evitar constrangimento e aborrecimento desnecessários. Não tenho mais paciência para isso. Não tolero falta de educação, hipocrisia, arrogância, mentira, cinismo e falsidade. Detesto fofocas e gente que se regozija por colocar umas contra outras. Isso de alguma forma me desagrada e machuca, então, para que passar por isso? Portanto, não pretendo dispor o meu precioso tempo com gente que age assim.

A vida já é complicada demais para me contagiar com sentimentos pequenos. Não consigo mudar o mundo, mas posso escolher como quero viver. Quero o que ele tem de melhor. Um abraço acolhedor, um sorriso contagiante, uma conversa interessante e o amor verdadeiro. Essas coisas sim, são bálsamo para a alma e a decisão de como queremos ser lembrados é nossa!!

foto: coletada da internet (desconheço autoria)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

CRITÉRIO NOS JULGAMENTOS

Não faça declarações falsas e não seja cúmplice do ímpio, sendo-lhe testemunha mal-intencionada. 
Êxodo 23:1



Eu desconfio de tudo o que vejo e leio, principalmente no mundo virtual.

Já teve uma foto que rolou pela internet de uma mãe com uma bebê no colo que apontava uma arma para a criança. Quem se lembra disso? Depois foi constatado que se tratava de uma montagem onde retiraram um periquito e colocaram uma arma na mão da mulher, mas o estrago já estava feito e esta mulher poderia muito bem ter sido executada pela população como aconteceu naquele caso daquela moça que levantaram falso testemunho contra ela dizendo que ela raptava crianças para rituais de magia negra.

Agora está sendo veiculada outra foto de um policial apontando uma arma para um gatinho com palavras de ordem contra o sujeito, inclusive dizendo que ele atirou nos dois olhos, boca e orelha do bichinho. Não sei como ele conseguiria fazer isso sem se machucar, pois o animal é muito pequeno e evidentemente não ficaria quietinho para que o policial fizesse uma barbaridade dessas .

Não sei não. Antes de postar e criticar alguma coisa, devemos ir atrás da veracidade dos fatos, pois pode muito bem se tratar de uma montagem e se não conseguimos saber a verdade, melhor não nos posicionarmos, né mesmo?

foto; coletada da internet (desconheço autoria)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

OMISSÃO DIVINA?


Muitos criticam e falam sobre a omissão de Deus em relação aos problemas enfrentados pela humanidade, como por exemplo: Como Deus permitiu que acontecesse aquela tragédia no dia fatídico de 11 de setembro nos EUA, onde tantas pessoas foram dizimadas em nome de um ideal? Onde estava Deus quando a natureza agiu “caprichosamente” e lançou suas águas contra as pessoas que se divertiam em paraísos na terra e milhares de delas morreram? O que Deus fazia enquanto milhões de pessoas eram submetidas à humilhação de outras que se julgavam superiores quer ser pela crença, raça, credo ou ideal?

Deus nos deu esse mundo, cheio de beleza natural, nos deu também inteligência, paz, amor, bondade e misericórdia suficientes para vivermos em harmonia com nossos semelhantes, pois fomos feitos à imagem e semelhança d’Ele. Se o mundo está como está, se há tantas maldades e doenças que somos incapazes de curar, se não conseguimos resolver os problemas causados pela incompetência humana de não ter conseguido manter a obra de Deus intacta, a responsabilidade é única e exclusiva do ser humano que não fez a sua "lição de casa" para manter tudo direitinho e perfeito, tal qual como Deus nos deu no início dos tempos.

A solução da problemática humana está em cada ser de forma individual. Aquela história: "A começar por mim". Somente assim dando bons testemunhos do imenso amor divino e a partir daí, sim, sensibilizar outras pessoas e multiplicar cada vez mais atitudes e pensamentos bons e positivos. Só que enquanto cada pessoa estiver dentro de sua própria concha, na clausura dos seus próprios interesses e defendendo-os de forma inexorável, cabe-nos, a nós que confiamos na interferência divina, interceder pelos corações endurecidos e termos fé de que Deus há de ouvir nossas súplicas e nos auxiliar nessa batalha. Que é nossa!!! Não de Deus!!!

Deus tem morada em nossos corações, basta que saibamos e usemos seus mandamentos e orientações a favor da humanidade como um todo e deixemos de "ficar esperando" que outro faça ou que o mundo acabe!!!

foto: Famosa foto de Kevin Karter, fotógrafo sul-africano, com a qual ganhou o prêmio Pulitzer de 1994
        Suicidou-se aos 33 anos

sexta-feira, 6 de junho de 2014

RODA VIVA



O que vivemos hoje é o elo que liga o que passou ao que está por vir. Em alguns momentos, pode acontecer de termos saudade de nós mesmos, mas talvez possa ser em decorrência de decisões não tão acertadas. Não de arrependimentos, mas de erros que cometemos. Daí a sensação de que estamos em uma eterna busca frenética daquilo que nem sabemos ao certo o que possa ser. E quando for encontrado, o “agora” terá sabor de festa e o “ontem” fica na lembrança carinhosa dos momentos vividos.

Melhor mesmo é não ficar matutando e chutar a bola para frente direto para o gol (já que estamos em tempos de Copa do Mundo), conquistando as vitórias cabíveis e nos voltarmos para tudo àquilo que nos deixa felizes.

A vida é cheia de incertezas e nelas vamos tentando nos encaixar de forma equilibrada. Isso nem sempre é um exercício bem sucedido. Evidentemente bom senso é desejável, mas equilíbrio demais pode se tornar algo morno e sem vida. Talvez tenhamos que aprender, ou reaprender, a ser mais impetuosos. A vida, muitas vezes, se incumbe de nos deixar mais céticos e centrados demais, quase que voltados a nós mesmos nos fechando totalmente à aventura e ao incerto, na procura de estabilidade, permanecendo na zona de conforto.

O ideal seria vivermos cada dia como se apresenta, afinal o que passou, passou e não podemos permitir que a sombra do passado encubra o sol do presente, muito menos que se gaste energia valiosa com aquilo que não podemos mudar. Melhor seria se pudéssemos nascer todos os dias e nos atentássemos aos menores detalhes, pois é na simplicidade que se encontra a felicidade. Não precisamos de muita coisa para obter a plena satisfação de nossos desejos. Ao esquecer o passado, permitindo que ele apenas seja uma referência, podemos desfrutar do dia que nasce como se fosse o primeiro de nossas vidas com toda a sua energia e alegria, para desbravarmos a selva chamada futuro.

Como somos complexos a ponto de sermos tantas coisas dentro de uma só mente! Assim vamos decidindo entre a aventura e o conforto, o bom senso e o ímpeto. E essa mistura é que faz de nós seres humanos interessantíssimos.

Será que temos jeito?! O importante é resolver, decidir e não poupar ninguém com nossa intensidade de viver, contagiando a todos ao nosso redor com alegria e muita força de vida!!

foto: coletada da internet (desconheço autoria)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

CARTA AOS FILHOS

Ser pai e mãe não é uma tarefa das mais fáceis.

Quando optamos por ter filhos, infelizmente não podemos consultá-los se eles querem que entremos em suas vidas. Deus nos abençoa com os filhos de maneira tão divina que deixamos de pensar em nós mesmos para ajudar a construir o caráter desses pequenos, destinando a eles o que temos de melhor, e não falo financeiramente, falo de valores emocionais, sociais e espirituais que são os mais importantes que qualquer outra coisa.

E eles vêm, sem manual de instruções. Com suas características, com suas personalidades, com suas crises e vamos com o tempo aconselhando, sugerindo caminhos na tentativa de diminuirmos possíveis sofrimentos com decepções, sabendo que tudo isso faz parte da formação do caráter do ser humano.

Por eles abdicamos muitas coisas. Até da própria felicidade, pois creio que só conseguimos ser plenamente felizes se nossos filhos também forem.

Os carregamos no colo, amamentamos, trocamos suas fraldas, ensinamos comer, andar, nadar, pedalar, damos banho, cortamos suas unhas, penteamos seus cabelos, vestimos, levamos para a escola, participamos de reuniões escolares, deixamos de dormir por causa de uma febre que não queria ceder, apoiamos nos estudos, nas brigas, apartamos desavenças entre irmãos, levamos para parques, viagens, cinema, teatro, proporcionamos a melhor formação possível, os colocamos no colo nas crises existenciais, brigas com namorados(as), indecisões sobre qual profissão escolher, qual caminho andar, levamos para fazer vestibular e roemos as unhas junto com eles para saber o resultado, nos alegramos com suas conquistas, rasgamos nosso coração quando eles sofrem, ou seja, vivemos “filhos” 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês, 365 dias por ano por pelo menos uns vinte anos até que finalmente eles criam asas e vão tentar alçar seus próprios voos, mas nem por isso deixamos de ficar atentos.

Na visão de nossos filhos, somos pais heróis e mães heroínas. Eles se esquecem que somos meros mortais. Que ficamos doente, que temos indecisões, que nem sempre temos respostas para todas as questões, que temos problemas tão cabeludos que dá até medo, que ficamos tristes, magoados, deprimidos, que passamos por dificuldades financeiras, que temos vontade de "chutar o balde" e sumir, ir para bem longe, Caicó!!!

E como, muitas vezes, os filhos são cruéis! Mas como diz o velho ditado, as coisas boas que fazemos são rabiscadas, num rascunho bem mal feito, na areia, porém os nossos erros (sim, também erramos) são marcados indelével na rocha!

Mas será que erramos tanto assim?!

Erramos, sim! Erramos por não permitir que nossos filhos vejam nossas dificuldades, percebam nossas fraquezas, fazendo com que não compreendam que não podemos ir ao encontro deles quando eles precisam, por não termos uns míseros R$ 50,00 na carteira e somos condenados para todo o sempre por essa falta. Tudo o que aconteceu lá para trás se apagou. E ainda os ouvimos dizer que nunca os apoiamos.

Depois que os filhos criam asas e vão à busca de suas oportunidades, deixam para trás os pais que deram suporte necessário para esta busca e eles esquecem até de telefonar apenas para dizer que os ama ou para saber como está a vida de seus velhos ou se estão precisando de alguma coisa. Porém, quando se veem frente a algum problema, se precisam de conselhos e orientações ou ajuda para alguma situação pessoal ou profissional, sabem exatamente onde encontrar seus pais, mesmo assim dificilmente ouvem a voz da experiência achando que o conhecimento adquirido pelos percalços da vida e os valores de seus pais estão ultrapassados e eles não sabem de nada. De qualquer maneira, os amamos incondicionalmente, e é um amor que não se consegue explicar.

Filhos, jamais esqueçam que por detrás dos cabelos brancos de seus pais, há sonhos, desejos e muito amor. Muita vida passou por estes seres falíveis, mas que a todo instante se preocuparam com suas vidas e sempre se empenharam para que a felicidade batesse em suas portas e visitasse todas as áreas de suas vidas. Ensinem seus filhos, se os tiverem, o respeito pelos mais velhos e a dar atenção devida a seus pais, dando o exemplo. Se não tiverem filhos, continuem testemunhando o respeito aos mais velhos para que os mais jovens vejam e reconheçam a importância de cuidar e amar seus velhos.

Por ora, minha oração reside no sentido de que Deus esteja abençoando ricamente suas vidas e que os façam pessoas e pais exemplares no caminho da vida de seus filhos e seus jovens.


Escrevi este texto e algum tempo depois vi uma animação linda que ilustra muito bem o que escrevi, até parece que Po Chou Chi e eu trabalhamos juntos. Recomendo que assistam:
http://www.youtube.com/watch?v=JUMmGt1W2xc



foto: desenho de Eduardo Souza Campus
        verifiquem seu trabalho em: www.behance.net/souzacampus

  

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PRIVACIDADE INFANTIL

A partir do momento em que os pais são os responsáveis legais pelos seus filhos, privacidade é uma palavra que não tem sentido no contexto familiar em relação às crianças. Devemos estar sempre atentos ao que está acontecendo com elas, até nas suas brincadeiras isoladas, sem, contudo, interferir na criatividade, mas conduzir de forma construtiva e livre o universo lúdico dos filhos.

Esses pequenos cidadãos estão em formação, e cabe a nós, pais, participarmos na formação desse caráter, orientando-os e direcionando-os com conselhos e sugestões, educando de forma a fazê-los perceber que, para cada ação haverá sempre uma reação e uma consequência. Não tem como perceber os “desvios” se estes tiverem uma “vida privada”. 



Privacidade é sinônimo de deixar fazer o que bem entendem sem nos envolvermos, darmos “pitacos”. Seria um paradoxo falar em privacidade e depois interferir no mundo virtual dos filhos deletando perfis ou puni-los por algum ato inconsequente.

Privacidade é coisa de gente grande, mesmo assim, tem gente que não sabe lidar muito bem com isso.

foto: coletada da internet (desconheço autoria)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O QUE ME MOVE?

Certa vez, em uma conversa, quiseram saber o que me movia. Na ocasião fiquei perturbada com o questionamento. Percebi que de imediato não conseguiria responder nem para mim mesma qual o sentimento, ou o que me movia, me impulsionava.

Fiquei matutando muitos dias e parecia que não conseguiria ter paz se não encontrasse uma resposta para esta questão.

Passou algum tempo e a vida me dispersou com inúmeras tarefas do dia a dia e acabei esquecendo, mas hoje, como um samba numa nota só, bati na mesma tecla e fiquei refletindo sobre o que me movia.

Pensei que poderia ser justiça. Não somente aquela de reconhecer os direitos de alguém a alguma coisa, atendendo cada um enquanto cidadão, aplicando prêmios ou castigos, segundo cada merecimento. Não! Mas a justiça como um todo, divina, em que se regula igualdade a todas as coisas e todos os seres, estado de graça atribuído a cada um o que lhe é justo e merecido.

Depois achei que poderia ser alegria, mas aquela de se alegrar com a conquista de outrem, altruísta e benevolente, festejando cada acontecimento feliz, regozijando com o próximo e desejando-lhe o melhor de todos os sentimentos, o de uma plena felicidade.

Mas isso implicaria em pensar na amizade, no sentimento de afeto que nos liga a um amigo esperando também reciprocidade, por que não? Uma relação íntima e amorosa sem necessariamente ter um compromisso social, que permite falar sem pudores ou constrangimentos sobre as qualidades e principalmente os defeitos no sentido de alertar a respeito de algo para benefício mútuo.

Isso passaria pela liberdade, onde as pessoas são livres e isentas de qualquer tipo de restrição ou coação física ou moral, permitindo que manifestem suas opiniões de maneira natural, respeitando e sendo respeitadas pelo que pensam e da forma com que agem, sem, contudo, agredir pela sua forma de ser.



Acabei chegando à conclusão de que para que haja justiça, alegria, amizade e liberdade faz-se necessário que haja amor. Sem amor nada funciona. Vejam só:

“Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como um barulho de um sino.

Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas se não tiver amor eu não seria nada.

Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.

Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro, nem egoísta, não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.

O amor é eterno.”

Amor... Esse amor é o amor ágape, que se doa incondicionalmente. Difícil de encontrar no ser humano. Somos falhos e escorregamos em cada palavra do texto acima transcrito de I Coríntios 13.1-8. Somente em Deus, através de Cristo, podemos encontrar esse tipo de amor, e no próprio Cristo que se deu por nós.

Portanto, o que me move é Cristo. Mesmo conhecendo seus mandamentos, cometo muitos erros, peco em várias áreas de minha vida, mas por Ele, Deus me ama e perdoa.

“Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim.”                       Gálatas 2.20


foto: Armandinho
        quadrinhos e tirinhas

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

TIRANIA E SUBSERVIÊNCIA

Às vezes as pessoas nos tratam de forma hostil porque se sentem vulneráveis e ameaçadas por alguma circunstância que está somente na cabeça delas. Elas vivem isso e não conseguem de forma alguma perceber que o mundo não arquiteta qualquer forma de complô contra elas. São pessoas egoístas que pensam em seu próprio umbigo e são incapazes de se tornar benevolentes e cooperativas. Vivem para si mesmas, não se importando com o sentimento alheio. São pessoas com baixíssima autoestima.

Há também aquelas que sempre se colocam como vítimas de algum possível mal que alguém possa ter causado em suas vidas e seguem mundo afora se colocando de maneira inferiorizada, não percebendo que o problema está exatamente dentro delas, na forma de pensar e agir.

Nestes dois casos, dificilmente essas pessoas conseguem ver algo de bom em volta delas e se isolam em seus mundinhos não aproveitando o colorido que a vida pode oferecer.

Aconteceu e acontece comigo de pessoas como estas cruzarem meu caminho e quando me conhecem melhor ou percebem que sou mais uma dentre tantas pessoas que existem nesse mundo e que não estou nem aí com o que pensam a meu respeito, pois sei quem sou, Deus me conhece e sabe de todas as minhas qualidades e defeitos e mesmo assim Ele me ama incondicionalmente, acabam parando de me hostilizar e até me acham uma pessoa legal. Tem outras que não querem me achar assim e para essas, como para as que conseguem perceber vida fora de seus umbigos, eu oro. Intercedo por elas. Peço para que Deus as oriente, que tenha compaixão e que as abençoe, pois colhemos o que plantamos.

O mais sábio a fazer é não valorizar as hostilidades, mas encontrar um equilíbrio no pensar e buscar cada vez mais paz de espírito e sabedoria para enfrentar esse tipo de problema.

Vamos viver com alegria, o mundo está tão mudado e esquisito e as oportunidades são raras, para quê desperdiçar tempo, não é mesmo?

foto: trabalho de meu querido amigo Sergio Cajado
         crayon sobre papel fabriano cotton
         28x42
         Zurich
         outono/2003
        https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10201803232778216&type=1&l=3d62c41785


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

VERGONHA!!!



Hoje meu coração está doído, está machucado, meu orgulho brasileiro escoou esgoto abaixo.

Temos presenciado muitos mandos e desmandos, corrupção ativa e passiva, império da impunidade, políticos zombando nas nossas fuças e mesmo saindo às ruas protestando, a zombaria continua nos mostrando que quem está no poder é poderoso. Argh!!

Tenho ânsia, enjoo (e ainda essa porcaria corrige minha acentuação que até ontem funcionava super bem... quero escrever ENJÔO mesmo)

Meu dia começou com uma vergonha imensa ao ver uma entrevista que Sabrina Sato fazia com a celebridade da música pop atual Justin Timberlake (http://blog.clubnme.com.br/?p=22662). Esta pseudo jornalista com seu jeito pseudo atrapalhado e inteligentemente “anta” se comportava de maneira estúpida, falando um inglês demente, entregando uma modelagem de sua bunda como presente e arrancando risadas do entrevistado que nitidamente se vê embaraçado com a triste figura e, se a sombra falasse ela diria: “Onde foi que eu amarrei meu burro?! O que é que eu estou fazendo aqui neste país infeliz conversando com essa coisa?!"

Um pouco mais tarde vi um vídeo em que um policial civil do Recife contratou o serviço de um fotógrafo, verificou as fotos na residência deste, pegou-as e queria ir embora sem pagar. O profissional não permitindo que isso acontecesse, impediu-o de sair ao que o policial sacou de sua arma e encostou-a na cabeça do fotógrafo na frente de sua mulher e filha. Uma muvuca lamentável...

Culminou na decisão do Excelentíssimo Ministro Celso de Mello aceitando os tais embargos infringentes, o que já era de se esperar.

Meu país perdeu o leme de vez, virou uma grande pizza, onde o cidadão de bem tem medo da polícia, é desrespeitado pelos políticos que elegeram e assiste nosso país ser representado por pessoas sem qualificação que nem humor direito faz, nos fazendo parecer pessoas débeis, despreparadas, corruptas e levianas.

Vergonha, muita vergonha!!!

foto: coletada na internet

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

VÍNCULOS

Outro dia li uma frase muito interessante que dizia o seguinte:
“Para estar na lembrança de seus filhos amanhã, você tem que estar na vida deles hoje!”

É uma grande verdade e eu até arriscaria tornar mais abrangente: “Para estar na lembrança das pessoas, você tem que estar na vida delas hoje!”. Só conseguimos estar na lembrança das pessoas se perto estivermos delas. Isso independe de aproximação física. Um telefonema, uma mensagem via celular, uma carta ou uma mensagem eletrônica, aproximam as pessoas. Lembro-me de que na década de 70 eu tinha amigos virtuais que participavam de um grupo onde nos correspondíamos por cartas, com a intenção de aprimorar meu inglês. Lembro-me de ter me correspondido com uma menina da Inglaterra, um rapaz da Índia e outra garota dos Estados Unidos. As cartas eram frequentes, e era muito bom recebê-las. Até que foram ficando menos frequentes e um dia deixei de mandar e consequentemente de receber. Já faz tanto tempo e confesso que nem me lembro do nome dessas pessoas.

Assim é como na vida presencial. Com o passar do tempo, nos relacionamos com pessoas e se não regarmos esse relacionamento com cuidado, o vínculo se perde, sem, contudo, se perder a lembrança doce que foi ter conhecido determinada pessoa, ficando a saudade e a esperança de reencontrar e recordar aqueles momentos muito bons.

Por outro lado podemos também nos lembrar de alguns relacionamentos de forma negativa. Aqueles relacionamentos não tão bem sucedidos ou negligentes, onde uma das partes acaba sendo responsável pela ruptura do vínculo, muitas vezes sem perceber. A falta da palavra, a ausência da proximidade, muitas vezes fazem com que os relacionamentos sucumbam e retomar a confiança nem sempre é uma tarefa fácil.

Como, então, termos a certeza de que estamos sendo lembrados pelas nossas atitudes positivas? Como evitar que sejamos lembrados pelos nossos tropeços ou negligências? Vigiando sempre, tomando cuidado, estando presentes, não perdendo o bem mais precioso que é ter um relacionamento saudável e bom com um parente ou um amigo, reservando tempo para quem nos é importante sem mentiras e sem quebra de promessas.

"O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade."
Provérbios 17.17

foto: coletada na internet (desconheço autoria)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

SENTANDO NO PRÓPRIO RABO E REPARANDO NO RABO DO OUTRO


Eu me divirto com os desabafos e inconformismos das pessoas. Explico.

Numa página de uma rede social vi alguns desabafos de pessoas inconformadas por se considerarem injustiçadas por alguma atitude de alguém, postando publicamente um comentário do gênero: “Nosso direito acaba quando começa o direito do próximo”, e dissertam a respeito do que lhes aconteceu com meias verdades, sem objetividade, dando indiretas como se o próximo que supostamente lhes atingiram, veja e se envergonhe pelo que possa ter feito para lhes prejudicar.

Aí eu pergunto: Quem é o “eu” e quem é o “próximo”? Vou mais além. O que é direito do "eu" e o que é direito do "próximo"?

O “EU” e o “PRÓXIMO” estão muito ligados. Como vivemos numa sociedade considerada civilizada, na verdade o “EU” é ínfimo, pois pelo bem da coletividade e defendendo o já mencionado anteriormente a respeito de onde os direitos começam e terminam, temos sempre que entender que o direito do “eu” não vai muito longe, pois está sempre esbarrando no direito do “próximo”.

Só que, como ninguém é perfeito e não existe sociedade perfeita, sempre encontramos pessoas que invejam outras e fazem de tudo para conquistar o que é do alheio sem medir consequências. Aí o alheio sublima seus sentimentos de invasão e se abstém de defender o que poderia lhe pertencer, e continua a viver sua vida da melhor maneira possível, pregando o que considera ser certo sem, de forma alguma, atacar ninguém ou denegrir a imagem de qualquer um que seja. Isso acaba incomodando a pessoa de quem foi objeto de inveja. Inconformada, a pessoa invejosa esbraveja sua indignação ao léu achando que desta maneira estará vingada.

Todos nós precisamos tomar muito cuidado, pois não há quem não tenha “telhado de vidro”. O que alguém julga ser seu direito, na verdade aos olhos de outro este julgamento pode não ser bem este, principalmente se este alguém estiver inconformado com alguma atitude do outro em relação a ela, sendo que no passado esta pode ter prejudicado esta mesma pessoa de alguma forma. Temos o péssimo costume de imputar a outrem nossas próprias deficiências de urbanidade e educação. Não temos gentileza e nem amor para com o próximo. Um bom exemplo seria dizer que quando alguém passa de motorista para pedestre, revolta-se com o motorista, mas quando está atrás do volante, costuma atropelar pedestres. Seria uma questão cultural?

É fácil apontar o dedo para alguém, porém ninguém se lembra de que ao fazermos isso, apontamos outros três dedos para nós mesmos.

Na verdade, acredito que tudo o que fazemos temos de volta. Se praticarmos o bem, o bem receberemos de volta, por conseguinte, se praticarmos o mal, este também vem nos assombrar de maneira impiedosa. E aí é que vem as tais bravatas dos seres que se consideram injustiçados.

Dessa maneira, deveríamos concentrar todas as nossas energias para o que é bom, para a propagação do amor verdadeiro, do amor ágape, aquele que não espera nada em troca, não é leviano ou invejoso e transbordante de soberba.

Promovendo o bem e o que nos encanta, com certeza conseguiremos vencer o que nos desagrada.

Fica a dica!! 


foto: coletada na internet (desconheço a autoria)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

CABEÇA ESPERTA, CORAÇÃO TRANQUILO


Na vida passamos por diversas adversidades que não entendemos muito bem por quê. Problemas nos visitam sem pedir licença para entrar em nossa vida, assim como as alegrias. Do nada, esses dois vêm e vão num piscar de olhos que nem percebemos e nos deixam sem equilíbrio necessário para dar um passo à frente e continuar a caminhada rotineira.

Somos acostumados com a rotina, portanto o caos que as tempestades e os dias extremamente quentes nos proporciona é tamanho, que tanto para sair da depressão como da euforia é trabalhoso e desgastante.

Com os problemas perdemos o ânimo para prosseguir e deixamos que o medo e a insegurança tomem conta do espírito nos abatendo de tal maneira que, o simples ato de sair da cama se torne uma tarefa tão árdua que nos deixamos ficar largados sem nos importarmos com os afazeres do dia a dia, fazendo com que deixemos nossas responsabilidades de lado.

Com as alegrias não é muito diferente. Muitas vezes ficamos num estado eufórico tal, que passamos a sonhar e planejar tomados pelo otimismo exacerbado e deixamos de ponderar e perceber a vida como ela realmente é. O fato de negar que os problemas existam, muitas vezes, nos transforma em pessoas completamente fora da realidade.

Somos feitos de negações e afirmações. Negações nem sempre são pontos fracos como afirmações pontos positivos. Há uma simbiose entre esses dois aspectos, pois problemas nos fortalecem e formam nosso caráter, assim como positivismo demais nos afasta de uma vida equilibrada. 

Todo problema necessita de coração atento e tranquilo para enfrentá-lo, assim como as alegrias da vida necessitam de cabeça esperta para não sofrer decepção.

Cabeça esperta e coração tranquilo são a chave do bem viver.


foto: da querida amiga Christiane Freire extraída do blog Esporte na Mochila (esportenamochila.wordpress.com)