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terça-feira, 18 de julho de 2017

VÁ, MEU FILHO!!




Vá meu filho!!

Dê um abraço ao Portugal de meu bisavô. Desbrave aquele país como ele fez aqui no Brasil. Ame Portugal como seu pai ama nosso Brasil!!

Seja determinado e conquiste tudo aquilo que Deus já reservou a você. Ao mesmo tempo, seja humilde e generoso, que todas as portas se abrirão.

Deus o abençoe ricamente hoje e sempre. Lembre-se de que Sua Graça é suficiente para qualquer situação. Se, por acaso, se sentir só e impotente, saiba que poderá contar com sua família e comigo sempre, mas uma prece de um coração agradecido ou quebrantado, Deus a recebe, se alegra e consola.

Vá, meu filho!! Ficamos aqui na torcida e orando por sua vida!!

Receba  minha bênção!

Amo absurdamente você!!

Mamãe

sexta-feira, 17 de abril de 2015

AO PÉ DA LETRA...


Houve uma época em que eu desejava muito em me mudar para o litoral, mas acabou não dando certo, pois entrei na faculdade e o sonho acabou sendo adiado.

Vez por outra esse sonho voltava ao meu pensamento e já me via andando pela orla todas as manhãs e até sentia aquele cheiro gostoso da maresia, ou seja, já sonhava colorido e com cheiro.

Felipe já tinha nascido e contava com a idade de pelo menos uns 4 anos. Numa dessas viajadas no pensamento quase que materializando meus desejos, virei para meu anjinho de olhos verdes e perguntei:

- Felipe, o que você acha de morarmos na praia?

- Praia?!

- É, filho!! Já pensou que gostoso?! Passearmos todos os dias catando conchinhas e sentindo aquele ar fresco?

- Praia?!

- É... um lugar descontraído e que você poderá arranjar muitos amigos bacanas e quem sabe aprender a surfar?

- Praia?!

- Éééééééé!!! Que tal? Gostaria de morar na praia?

Felipe desanimado e com ar ressabiado e desconfiado de que aquele meu sonho seria uma boa ideia, virou para mim, com propriedade e responsabilidade, como se esses predicados me faltassem, e respondeu:

- Sabe, mãe... Prefiro morar numa casa mesmo...

Foto: Armandinho

domingo, 11 de maio de 2014

CARTA AO PRIMOGÊNITO

A cada ano que passa, a cada dia, cada segundo, o meu amor pelos meus filhos se transforma. Nestes 23 anos meu amor pelo Felipe mudou demais. Hoje está enorme de grande que nem cabe dentro do coração e transborda.

É com imensa alegria que digo que quem recebeu o presente da vida fui eu. Num dia como hoje, comemorar o nascimento de um filho é mais que coincidência é providência divina!

Parabéns, Felipe! Que Deus continue abençoando ricamente sua vida! Que Deus esteja todos os dias velando por você! Que Deus esteja sempre em seus pensamentos nas horas difíceis! Que você possa ser sempre grato a Deus pelas suas conquistas!

Seja sempre feliz, conquiste o mundo, amo você!!!

A seguir, carta ao primogênito, Felipe, quando completou 21 anos de existência em 11/05/2012. Hoje 11/05/2014, Felipe completa 23 anos e meu amor por ele mudou muito, pois a cada dia aumenta mais!!

Parabéns, filho amado!!

Deus esteja sempre abençoando sua vida.

Há 21 anos você chegou aos meus braços e meu amor sempre foi incondicional desde o momento em que soube que estava em meu ventre.

Passamos por muitas dificuldades e desentendimentos, compreensíveis pela distância de gerações, mas o sentimento familiar e o amor que sentimos um pelo outro, sempre superaram qualquer coisa que pudesse atrapalhar essa união de mãe e filho.

Você é uma pessoa especial e iluminada, com coração bom e sempre preocupado e atento ao que o rodeia. É um filho bom e um irmão atencioso. Uma pessoa linda, principalmente pelo conteúdo.

Desejo, no dia de hoje, que seus dias se prolonguem com muita alegria, paz, prosperidade e peço para que você nunca se esqueça dos ensinamentos de Deus em sua vida. Observe sempre o amor ao seu próximo e respeito a todos.

Amo você e não imagino minha vida sem sua existência.

Um grande beijo e fique sempre nos caminhos de Cristo.

Mamãe!

foto: arquivo pessoal

domingo, 12 de janeiro de 2014

PEGA-PEGA

Sempre fui muito moleca, alegre e brincalhona. Quando Felipe nasceu, voltei a ser criança, mas agora com mais responsabilidade. "Brinquei de boneca", de novo, nos cuidados do meu filho amado, com uma atenção de uma leoa. Cuidei daquele bebê com toda dedicação do mundo e ele foi crescendo e com este crescimento as "brincadeiras" ficaram diferentes. Chutar bola, lançar carrinho, brincar de lutinha e montinho em cima de minha cama eram atividades corriqueiras. Era uma gargalhada só.

Nosso apartamento era pequeno, mas abrigava bem nossa restrita família de três membros (pai, mãe e filho). Em dias mais frios e de chuva, ficávamos dentro do apartamento brincando. Num dia frio, Felipe aprontou uma e saiu correndo e eu atrás dele. Ele, mais esperto e mais ágil que eu conseguia se esquivar, até que saiu em disparada pelo corredor em direção à sala e, descalço, topou o dedinho do pé direito na perna de uma cadeira. Ele deu um grito de dor. Quando cheguei perto dele e pedi para ver o pé, levei um susto. Seu dedinho fazia um ângulo de 90° com seu pé. Fechei os olhos, respirei fundo, contei sei lá até quanto e quando minha respiração voltou ao normal, virei para ele e disse calmamente: "Vá tomar um banho rápido que vou levá-lo para o hospital". Assim ele fez.

Chegando ao hospital, fiz a ficha e logo foi atendido. O médico pediu uma radiografia. Assim que a radiografia ficou pronta, levamos para o médico que, coçando a cabeça falou. "Vamos ter que colocar o dedo no lugar e depois imobilizar, pois fraturou".

Ai, ai, ai... Felipe virou para mim e perguntou: "Mãe, vai doer?" Eu nunca fui de mentir, muito menos para meus filhos, então respondi: "Vai, pode gritar à vontade e segura na minha mão".

O médico, então chamou dois ajudantes para conter Felipe que contava na época com oito anos de idade - um rapaz encorpado e forte - e começou o procedimento. Felipe deitado olhava para mim e não queria segurar minha mão, queria segurar um objeto qualquer que não me lembro do que era, mas insisti que segurasse minha mão. O doutor, então, contou até três e colocou seu dedo no lugar. Imediatamente Felipe soltou um berro ensurdecedor que daria para um otorrinolaringologista fazer exame das amígdalas sem o abaixador de língua. Deu para ver, direitinho, a úvula (campainha da boca) balançando, cena digna das melhores animações. Juntamente com o berro, Felipe apertou minha não com tanta força que me lembro da dor até hoje.

Quando levantei minha cabeça e olhei para a porta da sala de sutura, vi dezenas de pessoas assustadas olhando para dentro, nem posso imaginar o que elas estavam pensando. Felipe me olhava com os seus olhos vermelhos de dor e raiva da dor que sentia que fazia com que sua íris ficasse mais verde ainda. Foi assustador.

Terminado o procedimento, ele apenas me disse: "Eu falei para você que não queria segurar a sua mão". Sinceramente não entendi por que, acho que ele queria me ver longe dali.

Fomos embora e durante algum tempo precisei auxiliá-lo a se locomover, pois não poderia colocar o pé no chão.

Mas tiramos uma lição de tudo isso. Pega-pega se brinca em espaços livres, se for brincar de pega-pega com seu filho, tire as cadeiras da sala... tenho dito!!

foto: coletada da internet (desconheço autoria)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CARNAVAL

Além de desapegada, sou uma pessoa muito desligada. Minha mãe vivia dizendo que eu só não perdia o nariz porque estava grudado no meio da cara. Hoje em dia sou mais atenta, quando mais jovem vivia perdendo as coisas, mas não dava o braço a torcer, eu falava que não perdia nada, só não sabia onde estavam.

Depois que me casei pensei que me tornaria mais atenta, mas que nada. Cheguei a jurar que depois que tivesse filho as coisas seriam diferentes. Tadinho do Felipe, foi minha cobaia.

Como rotina de qualquer família, eu tinha a minha. Todos os dias depois do café da manhã levava o Felipe para escola e ia trabalhar. Trabalhava perto da escola e de casa, portanto, na hora do almoço, eu pegava o filhote e almoçávamos juntos em casa e daí eu voltava para o trabalho. Certa vez, Felipe adoentou-se e eu não levei o menino. Na hora do almoço fui buscá-lo e nada dele aparecer no portão, até que vi a professora gesticulando lá de dentro para mim querendo dizer que ele não tinha ido e eu pensando que ela estava querendo me dizer que alguém o havia buscado, estava quase surtando indo reclamar na secretaria quando me lembrei de que ele tinha faltado.

O pior foi numa festinha de carnaval. Felipe, com seus 5 anos, doido para se fantasiar de qualquer coisa para brincar na escola. Nunca comprei fantasias. Elaborávamos uma, eu o maquiava de acordo com a fantasia imaginada e lá ia ele todo feliz. 

Um mês antes, Felipe me avisou da tal festinha e já estávamos pensando em como ele iria naquele ano. Eu tenho um sério defeito. Sempre me lembro das datas uma semana antes e uma semana depois. Aniversários dos amigos não são diferentes, nunca lembro no dia, a não ser que haja um aviso piscante na minha frente muito colorido e agitado para me lembrar. O tempo passou e no dia fatídico eu o levei para escola sempre muito sonada. Quando fui buscá-lo, estacionei o carro longe, pois não havia vaga perto e pus-me a andar em direção à escola. No caminho passou por mim a Branca de Neve, andei mais um pouquinho e vi o Homem Aranha de mãos dadas com a Bela Adormecida. Não demorou muito e passou o Chaves. “Ai caramba!! Esqueci!!”

Cheguei finalmente ao portão e fiquei aguardando até que lá no fundo eu vi um garotinho de cabeça baixa furioso. Seus olhinhos verdes estavam mais verdes ainda e as bochechas mais cheias. Super emburrado, ele nem me cumprimentou. Para puxar assunto eu perguntei como tinha sido a festinha. Ele resmungou qualquer coisa ininteligível e num tom reprovador virou para mim me chamando atenção e disse: “Mãe!! Você se esqueceu da minha fantasia!!”

Eu tinha que consertar aquilo. Na mesma medida que sou desligada, possuo raciocínio rápido. Virei para ele e disse: “Como assim esqueci?! Não me esqueci não!! Você veio fantasiado de estudante!!”

Não é que deu certo? Um belo sorriso estampou-se naquele rostinho emburrado e viemos felizes da vida para casa e ele me contando de todas as brincadeiras que participou naquele dia festivo.

Contornei!!

foto: desenho de Inês de Barros
         Palhaço
         outubro/2013
        lápis de cor em sulfite

sábado, 11 de maio de 2013

E 22 ANOS SE PASSARAM...

Mais um sábado na minha vida, mas hoje não é um sábado qualquer. Há 22 anos um sábado especial aconteceu.

Como hoje, aquele sábado amanheceu frio, claro, ensolarado e o céu brilhava sem nuvens. Dentro de um hospital, eu já sentia as dores da vida que estava para chegar e eu ansiosa por conhecer cada traço de sua fisionomia, cada detalhe de seu corpinho e cada característica de sua personalidade. Sofri as dores com alegria e muita abnegação, pois sabia que com sua chegada toda e qualquer dor seria aliviada pelo imenso amor que já sentia desde o primeiro dia que soube que você estava se desenvolvendo dentro do meu ventre.

As horas foram passando. Desde o início da primeira pontada da dor do parto à meia noite, até seu nascimento se passaram 9h05min. Momentos de expectativa por tê-lo em meus braços e poder amamentar com muito orgulho meu filho amado.

Preparei-me nove meses como o atleta se prepara para uma importante competição, como o executivo diante de uma apresentação profissional, como o pastor na condução de suas ovelhas. E valeu a pena. Você chegou lindo, forte e perfeito!

Hoje se completam 22 anos desde aquele sábado frio e ensolarado. E como hoje, um sábado véspera de Dia das Mães! Você foi o presente mais perfeito que uma mãe de primeira viagem poderia receber neste dia. Agradeço a Deus todos os dias por me responsabilizar por uma pessoa tão brilhante, responsável e amorosa.

Obrigada, meu filho, por fazer parte da minha vida! Amo você incondicionalmente!!

Mamãe

foto: arquivo pessoal