sexta-feira, 12 de maio de 2017

A MÃE DA VEZ


Que saudades dos bolinhos de chuva da D. Aurora. Que saudades dos doces da D. Cacilda, quituteiras de mão cheia. Essas duas eram imbatíveis na cozinha. Suas casas cheiravam, indiscutivelmente, casa de vó. Era bom estar lá. Brincando com as marionetes que a D. Aurora fabricava e nos deliciando com as canjicas, doces de casca de laranja e de abóbora com coco que D. Cacilda, com muita habilidade, preparava.

Mas não tem comparação com o cheiro de carne assada e molho da macarronada que D. Daisy fazia todo domingo. Acordava com o barulho da carne caindo no óleo quente... shhhhhhhh... e depois com aquele aroma inconfundível. Para mim, macarronada e carne assada tem cara de domingo na casa da D. Daisy.

Hoje não tenho mais isso. Não vivo mais isso. Que saudades das "mães" da minha vida. Hoje sou a mãe da vez. Até tenho os predicados dessas maravilhosas mães, mas o que será que desperto na lembrança dos meus filhos? Gostaria de saber.

Só sei que, o quanto pude, cafunguei no pescoço da minha mãe, observei o seu sorriso e comprovei sua conduta ilibada. Em muitas coisas quis ser como ela. Coisas de filha orgulhosa.

Mãe. Uma palavrinha tão pequena, mas carregada de uma enorme responsabilidade. A minha me deu a varinha de pescar e também o maior dos presentes que uma filha pode ganhar: dedicação, carinho e muito amor.

Saudades, mãe, quisera eu ser um terço para os meus filhos, do que você foi para mim!!


Às mães de plantão, um feliz dia!! Ontem, hoje e sempre, porque todos os dias são:

DIA DAS MÃES!!

foto: acervo particular

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